Contos da Matemática


"Enquanto as Leis forem Necessárias, os homens não estarão capacitados para a liberdade "

Pitágoras





A matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o universo.



A matemática vista corretamente, possui não apenas verdade, mas também suprema beleza  uma beleza fria e austera, como a da escultura.

Bertrand Russell







Assim, esta história é um valioso instrumento para o ensino/aprendizado da própria matemática. Podemos entender porque cada conceito foi introduzido nesta ciência e porque, no fundo, ele sempre era algo natural no seu momento. Permite também estabelecer conexões com a história, a filosofia, a geografia e várias outras manifestações da cultura.

Conhecendo a história da matemática percebemos que as teorias que hoje aparecem acabadas e elegantes resultaram sempre de desafios que os matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande esforço e, quase sempre, numa ordem bem diferente daquela em que são apresentadas após todo o processo de descoberta.

 M.C. Escher






Com abelhas ou sem abelhas, os problemas interessantes da Matemática têm, para o pesquisador, a doçura do mel.

Ary Quintella


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O quociente e a incógnita

"Às folhas tantas do livro de matemática, 
um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita. 
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base. 
Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide, 
corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito. 
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical. 
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos, 
mas pode me chamar de hipotenusa". 
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética, 
corresponde a almas irmãs, primos entre-si. 
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz 
numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, 
curvas, círculos e linhas senoidais. 
Nos jardins da quarta dimensão, 
escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas 
e os exegetas do universo finito. 
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim, 
resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar, 
uma perpendicular. 
Convidaram os padrinhos: 
o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro, 
sonhando com uma felicidade integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos 
e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia. 
Foi então que surgiu o máximo divisor comum, 
frequentador de círculos concêntricos viciosos, 
ofereceu-lhe, 
a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum. 
Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade. 
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema, 
ele era a fração mais ordinária. 
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade 
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade, 
como, aliás, em qualquer Sociedade ..."
Millôr Fernandes

Viajar pela leitura



Viajar pela leitura

sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça 
na imaginação!



Clarice Pacheco